Gestão Financeira
Em tempos onde os gastos parecem crescer mais rápido do que a renda, a gestão financeira se tornou algo essencial para garantir estabilidade e alcançar objetivos a longo prazo..

Seja para organizar as finanças pessoais, impulsionar o crescimento de uma empresa ou gerenciar o fluxo de caixa como freelancer, gerenciar seu dinheiro pode fazer toda a diferença na hora de lidar com imprevistos, aproveitar oportunidades e criar uma poupança.
Neste artigo, vamos explorar como fazer uma boa gestão financeira pessoal e como aplicá-la de forma prática em sua vida profissional. Então, se você busca melhorar sua relação com o dinheiro com segurança, continue lendo!
O que é gestão financeira?
A gestão financeira é um conjunto de práticas voltadas para planejar, organizar, controlar e otimizar os recursos financeiros de uma pessoa ou empresa. Ela envolve decisões estratégicas sobre como obter, aplicar e administrar o dinheiro para alcançar metas e objetivos financeiros, garantindo a saúde e a sustentabilidade das finanças.
Uma pesquisa publicada pela Bloomberg, que entrevistou 2.500 adultos nos Estados Unidos, revelou que 65% das pessoas que ganham acima do nível de pobreza federal (cerca de US$ 60.000 anuais para uma família de quatro pessoas) afirmaram enfrentar dificuldades financeiras.
A partir disso, foi observado que uma das principais causas é a falta de poupança. Isso porque uma parcela significativa da população não possui uma reserva de emergência suficiente para lidar com imprevistos financeiros, como a perda de trabalho ou problemas de saúde.
Ao considerarmos este dado, podemos perceber rapidamente o quão importante é ter uma boa gestão financeira. Mas, como criar esse planejamento e ter o orçamento ideal? Veremos essas questões nos próximos tópicos.
4 pilares principais da gestão financeira
Para compreender melhor o que é essencial na gestão financeira, abaixo estão detalhes sobre os quatro pilares dessa prática que não podem faltar na saúde ideal das suas finanças. Confira!
1. Planejamento e gerenciamento financeiro
É a base da gestão financeira, pois envolve a definição de objetivos, análise de despesas fixas, a elaboração de orçamentos e a projeção de receitas futuras. Com um plano estruturado, você pode tomar decisões mais conscientes sobre seus gastos, investimentos e economia, evitando surpresas desagradáveis e imprevistos.
2. Controle financeiro
Consiste em acompanhar de perto suas finanças, comparando seus gastos reais com o orçamento previsto, além de identificar emergências financeiras. Para isso, você pode usar planilhas e aplicativos que te ajudam a anotar gastos para você não perder nenhum dado.
3. Análise do orçamento
Com os dados anotados, incluindo despesas, dívidas e débitos futuros, é hora de avaliar a sua saúde financeira atual. Confira onde você está gastando mais, os pontos em que você pode economizar, entre outras avaliações.
4. Investimento
Após identificar oportunidades de economia, quitar suas dívidas e estabelecer metas, seu orçamento estará mais equilibrado. A partir desse ponto, você pode começar a investir.
Fazer investimentos permite que você gere rendimentos que aumentem seu patrimônio ao longo do tempo, o que é essencial para atingir metas financeiras, seja na vida pessoal, como a compra de um imóvel, ou no âmbito empresarial, como a expansão dos negócios.
Leia também: Conheça os indicadores financeiros mais importantes e saiba como utilizá-los
Como fazer gestão financeira pessoal?
Depois de entender os pilares do que é gestão financeira pessoal, chega a hora de colocá-los em prática. Para te ajudar nesse processo, separamos um passo a passo que você pode seguir para organizar a sua vida financeira pessoal.
1° passo: faça um orçamento dos custos fixos
Para criar seu sistema de gestão financeira pessoal, comece listando todas as suas despesas fixas, como aluguel, transporte, contas de água e energia, entre outros débitos que você possui todos os meses. Isso te deixará a par de todos os gastos reais e, por consequência, definir prioridades e excluir contas desnecessárias.
Leia também: Custos fixos e variáveis: o que são, como calcular e mais
2° passo: deixe suas contas em dia
Para evitar juros que podem comprometer seu orçamento para as despesas fixas e essenciais, é fundamental fazer o pagamento das suas dívidas. Nossa dica é começar pelas contas que possuem juros mais altos e as que têm menos prazo. Além disso, conversar com o credor da dívida para chegar a acordos pode ser uma ótima opção para conseguir descontos especiais.
3° passo: estabeleça metas para economizar
As metas estabelecidas fornecem um senso de propósito e direcionamento para seus esforços de economia. Para fazer isso, crie um objetivo de investimento que pode ser uma casa, carro ou até mesmo uma aposentadoria. Depois, avalie quanto de dinheiro será necessário poupar para realizar essas metas.
4° passo: limite gastos no dia a dia 
Pode não parecer, mas os pequenos gastos do dia a dia podem impactar significativamente a gestão financeira. Por exemplo, ao solicitar um carro de aplicativo para trajetos curtos, de R$8 a R$10, ou gastar R$100 em lanches e bebidas em uma lanchonete, no final do mês, esses valores podem se acumular e fazer diferença.
O segredo aqui não é se privar de tudo, mas sim ter consciência de seus gastos e buscar reduzi-los sempre que possível. Então, coloque limites e tenha disciplina para segui-los.
Gestão financeira para PMEs e profissionais freelancers
Agora que você já sabe como criar uma boa gestão financeira pessoal e os passos que deve seguir para alcançá-la, vamos entender como essa organização de finanças funciona para empresas e profissionais freelancers, além de conferir dicas de economias para cada caso.
PMEs
A gestão financeira é uma peça-chave para garantir a saúde e o crescimento sustentável das Pequenas e Médias Empresas (PMEs). Além dos princípios básicos de controle de gastos, receitas e investimentos, as PMEs enfrentam desafios específicos que exigem uma abordagem mais estratégica para assegurar sua estabilidade no mercado, como:
1. Planejamento tributário: todas as empresas têm a obrigação de pagar tributos ao governo e demais instituições. O pagamento correto do planejamento tributário oferece a possibilidade de reduzir legalmente a carga dessas taxas, permitindo que a empresa destine mais recursos a outros investimentos.
A partir disso, o não planejamento desses tributos pode gerar a falta de capital no final do mês, o que pode levar à inadimplência e a perda de seus benefícios.
2. Gestão de caixa: envolve o controle constante das entradas e saídas de dinheiro e do capital de giro, garantindo que a empresa tenha sempre recursos disponíveis para cobrir despesas essenciais, como pagamento de fornecedores, salários e contas. Manter uma reserva financeira é igualmente importante, permitindo que o negócio enfrente imprevistos sem comprometer sua operação.
3. Gestão de investimentos: requer planejamento detalhado e análise dos recursos disponíveis. Para PMEs em fase de expansão, seja contratando novas pessoas profissionais, abrindo filiais ou adquirindo equipamentos, é necessário considerar fatores como retorno sobre o investimento (ROI), diversificação de ativos e análise de risco.
Além disso, investir de maneira inteligente pode acelerar o crescimento da empresa, mas é fundamental monitorar o desempenho das aplicações para garantir que os retornos estejam alinhados às expectativas.
4. Gestão de crises: a instabilidade financeira pode ocorrer em momentos inesperados, e a liderança das PMEs deve estar preparada para agir rapidamente diante de desafios como queda de receita, aumento de contas e, ao mesmo tempo, o pagamento de tributos e salários dos colaboradores(as).
Freelancers
A gestão financeira para autônomos exige uma abordagem única, diferente de quem gerencia pequenas e médias empresas (PMEs). Isso ocorre porque os lucros de freelancers tendem a ser menos lineares, variando de acordo com a quantidade de clientes e projetos que trabalham ao longo do tempo.
Para garantir a estabilidade financeira e manter as finanças em ordem, é fundamental adotar práticas que ajudem a gerenciar essas variações de renda, como:
1. Entenda que a sua renda pode variar: a demanda por seus serviços pode ser diferente ao longo do ano, dependendo da sazonalidade do mercado. Em alguns meses, pode haver muitos projetos disponíveis, enquanto em outros, a procura pode ser menor e os seus lucros, também.
Dessa forma, é essencial entender em quais meses a demanda para os seus serviços aumentam e quando diminuem para fazer um equilíbrio pessoal de seus gastos.
2. Tenha uma reserva de emergência fixa: por mais que a sua renda não seja fixa, aplicar todo mês em uma reserva de emergência te ajudará e muito quando não houver tanta procura aos seus serviços. Assim, você se prepara para cobrir suas despesas básicas mesmo em meses com baixa renda.
3. Calcule seus preços de forma condizente: gestão financeira também significa equilibrar seus ganhos com o seu trabalho de freelancer, por isso, é necessário calcular o quanto você gasta com internet, transporte e materiais para o serviço que oferece. Fazendo isso, é possível estabelecer um preço justo e que cubra o seu salário e os custos de produção.
4. Tente construir uma carteira de freelas fixos: possuir uma carteira de freelas fixos ou ter trabalhos com contratos mais longos, resulta em maior estabilidade financeira e previsibilidade de renda. Para isso, você pode oferecer pacotes especiais para clientes fiéis, divulgar seus serviços com práticas de marketing para freelancers e até promover descontos progressivos.
Por fim, uma dica que vale tanto para empresas como para freelancers é: expanda a venda de seus serviços e/ou produtos para o mundo. Ter mais possibilidades em seu campo de atuação pode ser a chave para você conquistar mais renda e, por consequência, manter a sua gestão financeira saudável e equilibrada.
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Leia também: Cartão Payoneer: o novo melhor amigo do seu negócio
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